quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mercantilismo no Brasil.

O período em que o Brasil era colônia de Portugal estende-se do século XVI ao século XIX. Ao longo dessa fase, a economia brasileira desenvolveu atividades diversas, tanto extrativistas quanto agrícolas, produzindo mercadorias que atendessem as necessidades de consumo do mercado externo, ou seja, da Europa. A metrópole portuguesa controlava e fiscalizava severamente a produção na colônia, organizando e disciplinando a circulação comercial através de um conjunto de práticas mercantilistas que, na verdade, representava uma transferência de riqueza ou capital da colônia para a Metrópole.Esta política, que chamamos mercantilista, promovia uma ligação entre o “capitalismo" comercial e o absolutismo político e, de forma agressiva, tentava maximizar os instrumentos de poder econômico e político, permitindo o fortalecimento do Estado português e o enriquecimento da burguesia. Deve-se lembrar, ainda, que o colonialismo é apenas uma faceta do mercantilismo, ou seja, apenas uma de suas práticas que possuía como objetivo central a concentração ou o acúmulo de metais preciosos pelas nações, principalmente através da manutenção de uma balança comercial favorável ou superavitária. Note-se que hoje, a tendência do capitalismo não é de acumular, mas reaplicar os capitais em atividades diversas visando amplia-lo e protegê-lo contra possíveis instabilidades do mercado.A exploração de colônias e a produção gerada deveriam atender às necessidades de consumo do mercado europeu. A colônia deveria ser explorada visando propiciar lucros às metrópoles. Para o bom êxito dessa empreitada deveriam respeitar o regime do monopólio colonial, ou "exclusivo metropolitano" que adaptava o comércio da colônia em favor da metrópole. É nessa conjuntura, situação e momento, que o Brasil entra em cena na história oficial. A partir de 1500 o território começa a ser integrado com seus recursos naturais e humanos à economia do velho mundo. Primeiramente, Portugal avalia as possibilidades das regiões que haviam conquistado: - nas Índias, teria os produtos asiáticos, as lucrativas especiarias e um mercado consumidor atraente; - na África, o marfim, uma pequena quantidade de metais preciosos, escravos- no Brasil, á princípio, apenas o pau-brasil poderia se explorado, mas, era um produto existente também no oriente. Nessa análise, Portugal opta por direcionar seu interesse pelas duas primeiras regiões, Índias e África, deixando o Brasil num plano secundário.

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